segunda-feira, dezembro 18, 2006

apetece...

hoje julguei que podia de alguma forma escrever-te uma coisa bonita
acordei a pensar que te podia dizer alguma coisa sã
sim, porque de uma mente que está recuperando o equilíbrio
podemos esperar grandes feitos
assim tenho para ti palavras saudáveis
nada de delírios, hoje pensei em escrever para ti algo... hum...
para ti
já não sei
apesar de me lembrar de ti
já não sei o que tenho para te dizer
talvez nada
talvez as minhas palavras se tenham esgotado
talvez nós nos tenhamos esgotado
é isso
o que te queria escrever afinal é isso
que já não tenho necessidade de te escrever
que se esgotou o que tinha para te dizer
que as linhas se esgotam à medida que tu também te esgotas
é pena
logo hoje que eu acordei a querer dizer-te uma coisa bonita


(12.02.06)

words





as palavras tantas vezes não se desprendem
não se separam de nós
ficam ali... coladas

palavras riscadas entranhadas tão fundo

que não têm força para se transformarem em vida absorvem a nossa impotência
comungam com a nossa incapacidade
suamos um verso

cruzamos os nossos sentidos com uma ideia que já havia

escrevemos mentira

não sabemos já o que dizem

perdemos em nós as palavras que nos contróem
perdemo-nos de nós nas palavras de enganos
... e insistimos

em preencher-nos das que não somos nós

de palavras enprestadas

e é a eterna busca
de remoer
até que consigam exatas

decorar tudo em redor como a continuação perfeita

do nosso sonho interno


(16.02.06)