segunda-feira, dezembro 18, 2006

words





as palavras tantas vezes não se desprendem
não se separam de nós
ficam ali... coladas

palavras riscadas entranhadas tão fundo

que não têm força para se transformarem em vida absorvem a nossa impotência
comungam com a nossa incapacidade
suamos um verso

cruzamos os nossos sentidos com uma ideia que já havia

escrevemos mentira

não sabemos já o que dizem

perdemos em nós as palavras que nos contróem
perdemo-nos de nós nas palavras de enganos
... e insistimos

em preencher-nos das que não somos nós

de palavras enprestadas

e é a eterna busca
de remoer
até que consigam exatas

decorar tudo em redor como a continuação perfeita

do nosso sonho interno


(16.02.06)

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